terça-feira, 20 de novembro de 2012

Porque somos cristãos inoperantes e improdutivos ?

 





   Por isso mesmo, empenhem-se para acrescentar à sua fé a virtude; à virtude o conhecimento; ao conhecimento o domínio próprio; ao domínio próprio a perseverança; à perseverança a piedade; à piedade a fraternidade; e à fraternidade o amor. Porque, se essas qualidades existirem e estiverem crescendo em sua vida, elas impedirão que vocês, no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo, sejam inoperantes e improdutivos. Todavia, se alguém não as tem, está cego, só vê o que está perto, esquecendo-se da purificação dos seus antigos pecados. (2 Pedro 1.5-9)   


   Precisamos ter fé na obra redentora de Cristo. Mas Pedro nos orienta acrescentar a essa fé, virtude. Virtude é a disposição de um individuo de PRATICAR o bem. Isso entra em concordância com Tiago ao dizer que fé sem obras é morta. Pedro continua; à virtude o conhecimento. Precisamos crescer em conhecimento. O principal conhecimento que precisamos é o das escrituras sagradas. Ela nos revela quem é Jesus Cristo. Mas precisamos também do conhecimento em outras áreas. Conhecimento esse que muitas vezes pode se tornar a aplicação da virtude citada anteriormente.    Ao conhecimento o domínio próprio. Com a busca ao conhecimento, ficamos expostos as paixões dessa vida. Somos tentados a nos inclinar para o apetite de nossos desejos. A palavra usada para domínio próprio no grego "egkrateia" vem da palavra "kratos" que significa fortaleza. O significado é alguém que sustenta a si mesmo, ou o domínio que alguém tem sobre si mesmo. O domínio próprio é justamente a parte nossa no processo de santificação em, fugir do pecado e se afastar das concupiscências da vida.    Curioso que logo em seguida o apostolo nos indica acrescentar ao domínio próprio, a perseverança. Devemos perseverar em nos afastar do mal e não somente isso, mas em crescer em fé, virtude e conhecimento. Ser insistentes na luta do espirito contra a carne e não ceder as tentações do pecado, morrendo todos os dias.   Quando chegamos a esse ponto, surge um perigo, que é; achar-se superior e até mesmo começar  ignorar a gloria e soberania de Deus. A altivez pode tomar conta. Então Pedro diz; à perseverança, a piedade. A piedade é o amor ao próximo. É se lembrar que, assim como ele, nós somos inteiramente dependente da graça de Deus. Não há razões plausíveis para alguém deixar o orgulho tomar conta e desprezar o seu próximo. E diga-se de passagem que Jesus, ao nos ensinar que é o próximo, aponta para todas as pessoas, inclusive aquelas com as quais não simpatizamos.   O apóstolo vai além da piedade, dizendo que a esta, devemos acrescentar a fraternidade. Se sendo piedosos lembramos que todos carecemos da graça de Deus, a fraternidade nos une em um laço sanguíneo. Sim, tratar como irmãos, como membros de uma mesma família.    E finalmente para arrematar Pedro cita o amor. O verdadeiro amor que vem de Deus. Não o amor fingido, o amor interesseiro. Mas o amor que se doa, o amor capaz de sofrer, o amor desinteressado. O amor que é citado por Paulo em I coríntios 13.   Como cristãos, essas coisas devem estar em constante crescimento nas nossas vidas. Se não estiverem, nos tornamos improdutivos e inoperantes. Nos tornamos cegos vendo somente o aparente e nos esquecemos das coisas que realmente importam. Esquecemos da cruz e do preço que foi naquele dia pela nossa liberdade.  


 by: David almeida. 
fontes: Bíblia sagrada NVI you version e dicionário virtual.